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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A relação entre Meishu-Sama e a Deusa KANNON




Há muita gente interessada em saber qual é a relação entre Kannon e eu. 
É o que passarei a explicar.

Comecei a frequentar a seita Oomoto em 1918 mas, devido a certas circunstâncias, afastei-me durante um período de quatro ou cinco anos.
Em 1923 retornei. Cerca de seis meses mais tarde, fui procurado por um topógrafo. Ele queria informações sobre a doutrina Oomoto que, na época, se expandia rapidamente. Em meio à conversa, olhando fixamente para o meu rosto, ele me perguntou: 
"A doutrina Oomoto tem alguma ligação com Kannon?
" Não – respondi – porque a doutrina Oomoto é xintoísta e Kannon é Boddhissattwa; portanto, não existe nenhuma ligação".
"Mas à sua direita estou vendo Kannon em tamanho natural", insistiu ele. Isto significa que naquele momento, a sua visão espiritual se abriu.
Há pessoas que além dos cinco sentidos, possuem dons espirituais e recebem inspiração. Essas pessoas são videntes e enxergam espíritos no mundo espiritual. Era o caso do topógrafo que me visitava. Ele possuía a faculdade de vidência e viu Kannon.
"Há pouco – prosseguiu ele – quando o senhor se levantou para ir ao banheiro, Kannon foi atrás. E quando o senhor voltou e se sentou, Kannon, no mesmo instante, também se sentou.
Quando lhe pedi mais detalhes sobre Kannon, ele respondeu: "Kannon está de olhos fechados. Seu rosto e seu corpo são exatamente iguais aos dos desenhos ou esculturas".
A partir de então, sempre que ele pensava em vir à minha casa, Kannon, aparecia repentinamente diante de seus olhos.
Quando ele me contou esses fatos, fiquei intrigado, porque então eu jamais havia pensado em me devotar a Kannon. Mas depois desses eventos, comecei a achar que eu tinha alguma ligação com Kannon. E então começaram a ocorrer coisas misteriosas.
Um dia, um dos membros da seita Oomoto me disse que via uma espécie de remoínho acima da minha cabeça, no centro do qual estava Kannon. E nas costas de Kannon havia uma cruz. No momento não entendi o significado dessa visão. Mas logo depois fui vítima de uma grande perseguição religiosa, o que me causou profundos sofrimentos. Entendi então o que significava a vidência: eu fora colocado no meio do remoínho e tivera de carregar a cruz.
Cerca de três meses mais tarde, várias divindades – deuses e budas – começaram a manifestar-se por meu intermédio, entre eles o deus Izunome, que é a essência de Kannon.

E Izunome anunciou-me a minha missão: meu corpo físico seria usado por Kannon para a grandiosa tarefa da salvação da humanidade.


Izunome acrescentou que 2.600 anos atrás, na época em que Sakyamuni nasceu, Kannon morou na montanha de Hodaraka, na índia, onde ensinou o caminho da salvação como Kanjizai-bossatsu.
Tudo isto é extremamente interessante e será esclarecido por mim quando chegar o devido tempo.
Agora vou relatar um fato interessante sobre Kinryuzin, o Dragão Dourado, que é o protetor de Kanzeon Bossatsu.
Não tenho certeza da data exata, penso que foi no dia 19 de abril, quando a seita Oomoto celebrava o seu grande festival da primavera. O líder espiritual da Oomoto, Onissaburo Deguchi, ia oficiar um culto no templo xintoísta da localidade onde nasceu o fundador da Oomoto, e eu ia participar do culto. Entre a cidade de Kameoka e o templo havia uma distância de aproximadamente 8 quilometros, que percorri de automóvel, juntamente com um membro da seita Oomoto que tinha um nome interessante: Kamimori ( que significa " protegido de Deus"). No momento da partida, a esposa de um deputado federal, o Sr. Shiga, que acabara de chegar do Estado de Saytama ( ao norte de Tóquio), pediu carona para ela e o marido.
O carro partiu e eu pensei: há algo estranho no nome Shiga. A lagoa Shiga também é chamada de lagoa Biwa. Deve haver alguma relação entre o lago Shiga e o culto de hoje.
Depois do culto mestre Deguchi dirigiu-se imediatamente para a lagoa Shiga, à beira da qual havia, naquela época, um famoso restaurante cujo nome esqueci, de propriedade de um adepto da Oomoto. No dia seguinte, dia 20, Deguchi, antes de voltar para a sua casa, escreveu quatro ideogramas no restaurante: " A água da lagoa se enfurece e sobe até o céu".
No dia 21, uma forte tempestade desabou misteriosamente sobre a lagoa Biwa, chegando a afundar 47 barcos pesqueiros. O fato foi noticiado pelos jornais da época.
Segundo a revelação que recebi, a causa da tempestade foi a seguinte:
O Dragão Dourado, que é protetor de Kanzeon Bossatsu, estava mergulhado há milhares de anos no fundo dessa lagoa. No momento em que o Dragão Dourado ia subir para o céu, o Dragão Vermelho ( a Bíblia diz que Satanás é o Dragão Vermelho), que estava aguardando a sua emersão das águas, veio voando para derrubar o Dragão Dourado. Sobre a lagoa foi travada uma grande batalha, até a vitória do Dragão Dourado e a derrota do Dragão Vermelho, que fugiu para o norte. Foi essa batalha que causou a tempestade e o vendaval.
Um mês mais tarde, por volta do meio-dia, desabou um vendaval em Tóquio, onde eu morava na época e, a partir daquele momento, o Dragão Dourado tornou-se o meu protetor.
Três meses mais tarde, na primavera de 1932, um jovem que eu não conhecia, adepto da doutrina Oomoto, me procurou acusando-me de estar causando grandes problemas no interior da seita.


" O senhor está fazendo Ohikari (talismãs) – a coisa mais importante dentro da Oomoto – e distribuindo-os aos membros", gritou ele. " Isto é uma profanação. Não posso deixar vivo o autor de tamanha heresia. Em nome da Oomoto, se o senhor não parar de fazer Ohikari eu vou matá-lo. Sacrifico a minha vida, mas tiro a sua vida". Ao proferir estas palavras, sacou uma pequena espada do bolso e a cravou no tatami.
Seu rosto e seu pescoço estavam tão vermelhos, que ele não parecia uma pessoa normal. Os olhos estavam vermelhos, injetados, e faiscavam. Naquele momento, tive a intuição de que o Dragão Vermelho se havia encostado no jovem e viera para me destruir. Assim, o Dragão Vermelho, usando um ser humano, viera desafiar o Dragão Dourado.


Decidi então que não me deixaria derrotar por Satã. Eu havia sido autorizado a fazer Ohikari pelo próprio mestre Deguchi e me recusei terminantemente a atender à exigência dele.
De repente, no momento em que estava prestes a cometer o assassínio, a cor de seu rosto mudou. Ele se agachou e começou a gemer agoniado. Perguntei-lhe o que estava sentindo e ele respondeu que sentia uma dor de barriga insuportável.
"Fique deitado, vou curá-lo" disse eu. Comecei a ministrar Johrei e ele melhorou imediatamente.
Depois disso, sua atitude mudou completamente. Acalmou-se e me pediu que o acompanhasse, no dia seguinte, à sede da Oomoto em Kameoka, Kyoto, para falar com mestre Deguchi, este falou: "Eu mesmo não posso fazer Ohikari. Isto só foi permitido por deus à minha filha, que será a terceira líder. Naturalmente, os membros não podem fazê-los. Mas Okada-San (Meishu Sama) é uma pessoa especial. Procure, porém não aparecer muito".
Vendo assim confirmado o que eu lhe dissera, o jovem se convenceu e a questão foi encerrada.

5/10/1949


Kannon

Avalokitesvara em sânscrito. De acordo com a origem do nome, é uma divindade tanto masculina, quanto feminina que, observando todas as leis regentes do Universo, salva livremente os povos. Dessa forma, quando seu nome é pronun¬ciado, prontamente vem em socorro daquele que O invocou. Dependendo do auxílio solicitado, pode manifestar-se de forma diferente em qual¬quer parte do mundo. É reverenciado desde tem¬pos remotos especialmente no mundo oriental. Sempre responde às necessidades imediatas, quer dizer, àquilo que o ser humano está, de fato, preci¬sando no momento. 

Kanzeon: o mesmo que Kannon. Na verdade, é uma das denominações de Avalokitesvara

Poder de Kannon Myochi

Desde antigamente, ouve-se falar do poder de myochi, parte integrante da potencialidade divina de Kannon. Nota-se também nunca ter sido mencionada em palavras claras a força de Amita, divindade lunar, a mais importante do mundo búdico, durante a Era da Noite. Da mesma forma, nunca se fez referência específica aos prodígios de Sakiyamuni ou de Dharma, fundadores, respectivamente, do Budismo e do Zen-budismo. É, pois, bastante misterioso que a expressão "poder de" esteja relacionada somente a Kannon. Deve haver, portanto, alguma razão divina muito especial para que assim aconteça. Além disso, não existem quaisquer documentos nem relatos da tradição oral explicando o porquê da expressão "poder de Kannon".
Eu mesmo há tempo, tinha dúvidas com respeito a essa questão; porém, à medida que fui aprofundando a minha fé, comecei a entender corretamente a lógica de Deus; por isso, quero agora esclarecer este assunto a vocês todos.
Também permanecia com outra dúvida relacionada a Bodhisattva Kannon. Sempre as pessoas me perguntavam se era uma divindade masculina ou feminina. De fato, manifesta-se, ao mesmo tempo, como homem e mulher, numa dualidade inseparável intimamente relacionada ao poder que possui.

Significado do poder de Kannon 

Desde a antiguidade, sabe-se da existência de duas forças distintas, yang (homem) correspondente ao fogo que queima verticalmente; yin (mulher), relacionada à água que corre horizontalmente. Durante toda a Era da Noite, ambas essas tendências permaneceram separadas; agora chegou o momento de elas se unirem através do cruzamento da verticalidade com a horizontalidade, formando uma cruz. O que Eu estou dizendo significa a transformação do mundo da Noite para o Dia, em conseqüência do aumento de intensidade da Luz, resultante da fusão de fogo e água. Assim, então, quanto maior for a quantidade de kasso (fogo) mais forte será a luminosidade; por isso Eu afirmo que no mundo do Dia, devido ao aumento da quantidade de kasso, a Luz fica mais potente.
Da mesma forma, quando Bodhisattva Kannon transforma-se em Komyo Nyorai, está, de fato, manifestando o ponto de cruzamento entre o vertical e o horizontal, de onde surge a verdadeira força da da Luz de Deus (= poder de Kannon).
É interessante também analisar o ideograma que simboliza poder. Nele, a linha horizontal cruza ao meio com a linha vertical; depois dobra à direita e, repentinamente, dispara em direção ao alto.
Significado: no ponto de cruzamento surge uma força que vai girar da esquerda para a direita, como os ponteiros do relógio. Esse ideograma contém, portanto, o sentido profundo de tudo que acabei de lhes dizer. Verdadeiramente, então, somente Bodhisattva Kannon possui a dualidade - vertical, horizontal - cuja união gera a poderosa força da Luz de Deus. O costume de recitar, repetidas vezes, em forma de prece as palavras "Nenpi Kannon Riki..." (poder de Kannon...) está fundamentada nesse mesmo princípio, qual seja, o aspecto dual da essência divina de Kannon.
Transformação de Bodhisattva Kannon em Komyo Nyorai
Bodhisattva Kannon, depois de transformar-se em Komyo Nyorai, manifestou-se como Miroku, com um poder trino: de fogo, de água e de terra. Conforme já falei antes, a Luz resulta da união do fogo e da água. Entretanto, somente a junção desses dois elementos limitaria o trabalho de Kannon deixando-o restrito ao espírito. Com o acréscimo da terra[2], entra também a ação do corpo físico; como conseqüência, manifesta-se aquele poder trino representado pela Bola de Luz denominada mani cujo significado é força capaz de realizar todas as vontades.
Miroku pode, por isso, ser entendido como cinco, seis, sete (5, 6, 7) em que cinco (5) corresponde a fogo, seis (6) à água e sete (7) à terra.
Simpatia por Kannon
Freqüentemente as pessoas, tanto de fora, quanto adeptos querem saber se, para chegar ao nível de Grande Mestre, Eu tive, desde o início, uma fé bastante fervorosa em Kannon. Já se tornou um hábito todos me fazerem idêntica pergunta.
Maior surpresa lhes causo, porém, ao responder-lhes que Eu não tinha fé alguma em Kannon, mas apenas Lhe devotava uma simpatia muito especial pelo fato de apresentar feições sere¬nas, aparência atraente e delicada, mostrando-se, ao mesmo tempo, uma figura pomposa, cheia de graça e perfeição. É sempre dessa forma que Kannon se apresenta, sendo também assim reverenciado nas várias tendências do Budismo. Permanece, contudo, acima de todas elas, sem tomar nenhum partido.

Presença de Kannon 

Eu me surpreendi bastante ao saber que o espírito de Kannon está constantemente ao meu lado e, também pelo fato de, a partir dessas informações, inúmeros milagres terem começado a ocorrer na minha vida, todos eles relacionados a Kannon. À medida que o tempo adequado for chegando, anunciarei aos poucos tais manifestações prodigiosas. Uma dessas ocorrências extraordinárias a mim relacionadas foi o conhecimento de que a essência de Kannon é Izunome no Kami. Fiquei sabendo também mais estas particularidades: num determinado período, visando à salvação da humanidade, Izunome se manifestou camuflado em Kanzeon Bosatsu; mais tarde, retornaria ao mundo divino, para ocupar o seu trono original. Pelo fato de Kannon ter permanecido ao meu lado desde 1925, acompanhando-me de perto, comecei, a partir daí, a tomar conhecimento de diversas verdades sobre o presente, o passado e o futuro. Ele também me ordenava o cumprimento de alguns planos sem explicar-me com detalhes o porquê de suas determinações. Dispunha, então, livremente do meu corpo para pôr em prática o trabalho de salvação da humanidade. Kannon ainda continua me utilizando como veículo para concretizar o plano de Deus. Por essa razão, posso afirmar que hoje sou um Grande Mestre não pela minha fé em tão poderosa Divindade, mas pelo fato de ser usado por Ela como instrumento em prol de um grande trabalho de ajuda a todos os meus semelhantes.
Na verdade, sou um substituto de Kannon no mundo. Ele, entretanto, age como dono e senhor; dispõe de mim da maneira que melhor Lhe aprouver, sem que Eu tenha a liberdade de decidir sobre o que e como fazer. Simplesmente manifesta, através de mim, o poder de Sua misteriosa sabedoria (myochi), sem obstáculos nem limites. Por isso, sob esse ponto de vista, Eu não desfruto daquela autonomia segundo o conceito das pessoas comuns. Em compensação, usufruo plenamente da Grande Liberdade compartilhada apenas por aqueles que se submetem à inteira vontade de Deus. É um estado peculiar da minha alma, difícil de ser traduzido em palavras e, por isso, a maioria das pessoas não tem capacidade nem para imaginar como esses fenômenos acontecem.
Relacionamento com Kannon Como há muita gente interessada em saber qual é a relação entre mim e Kannon, a partir de agora vou explicar. Comecei a seguir a religião Oomoto em 1918, mas, devido a certas circunstâncias, afastei-me durante um período de mais ou menos cinco anos. Em 1923, retornei. Cerca de seis meses mais tarde, fui procurado por um topógrafo desejoso de informações sobre a Oomoto que, na época, se expandia rapidamente. Em meio à conversa, olhando-me fixamente no rosto, perguntou-me se a doutrina tinha alguma ligação com Kannon. Respondi-lhe negativamente dizendo-lhe que a Oomoto era xintoísta e Kannon, budista. Insistindo no assunto, afirmou O estar vendo à minha direita. Na verdade, como o topógrafo possuía a faculdade da vidência, a sua visão espiritual se abriu naquele momento e ele foi capaz de perceber a presença de Kannon ao meu lado. A seguir ainda me disse tê-Lo visto me acompanhar quando me levantei para ir ao banheiro; voltou depois junto comigo e permaneceu sentado próximo a mim. Para ter certeza, pedi-lhe mais alguns detalhes e ele respondeu que a Divindade estava de olhos fechados; o rosto e o corpo eram exata¬mente iguais aos dos desenhos ou esculturas. Após esse nosso primeiro encontro, sempre que o topógrafo pensava em vir à minha casa, Kannon lhe aparecia repentinamente. Ao saber desses fatos, fiquei um pouco intrigado, pois, até então, jamais havia imaginado me devotar a Kannon. A partir daí, começaram ocorrências misteriosas que me levaram a admitir uma ligação mais íntima entre Kannon e mim. Certo dia, um dos membros da Oomoto disse ter visto uma espécie de remoinho acima da minha cabeça, no centro do qual estava Kannon trazendo às costas uma cruz. Naquele momento, não me fora possível entender o significado de tão estranha visão. Logo depois, contudo, fui vítima de uma séria perseguição religiosa que me causou enorme sofrimento. Compreendi assim o sentido da vidência: Eu fora colocado no meio de um tufão e deveria enfrentar uma luta bastante renhida. Cerca de três meses mais tarde, várias divindades começaram a manifestar-se por meu intermédio, entre elas, Izunome, a essência de Kannon. Foi Ele quem revelou que Eu seria usado como instrumento para realizar a grandiosa missão de salvar a humanidade.



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